segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Texto de apresentação da Art Pop Amazônica

As Mandalas de Francimar são como cata-ventos.
Giram e acenam nem sempre lentos.
Em movimento constante captam diferentes tempos.
Fixam olhares atentos.
Flora e fauna remanescente, traçadas e recortadas.
Múltiplase e sinuosas formas pensadas.
Cores quentes e frias ordenadas em círculos que rodopiam.
Ave, larva ou semente são como nascentes.
Brotam de um eixo central e se prolongam em faixas diagonais.
Multiplica-se expandido os círculos que fecham o ciclo.

Por trás das Mandalas coloridas e ordenadas se guarda a passagem de diferentes tempos do artista.
Francimar, um pintor amazonense, que de Manaus vê e pinta a região. Um investigador da imagem que busca diferentes formas de representar a sua técnica amazônica.
Um pintor que navegou por diferentes águas artísticas, mas continua encantado com a imagem que vê passar em sua passagem.
Do naturalismo regionalista guarda o tema que vem explorando. De suas remadas entre suas paisagens neo-impressionadas trouxe a luz e a suavidade, mas as cores e os traços mais fortes saíram de suas fruteiras d e pinceladas mais vigorosas e neo- expressionistas. Contudo a liberdade para recortar e compor os elementos foi impulsionada a patir das passagens surrealistas que traçou entre os igapós, igarapés e pescarias.
Atualmente, o artista flerta com formas da Pop e da Optical Art. Da primeira remete a tendência da produção em série a partir de um determinado padrão que se desdobra. Da segunda, a organização racional e matemática das proporções, provocando a sensação de movimento contínuo.
Assim, segue Francimar, um investigador impulsionado pelo desejo de buscar a expressão plástica que traduza com maior precisão à sua vontade de representar a Amazônia.